No último domingo (19), DJ Marlboro, também conhecido como o Rei do Pancadão, criador do “Funk Carioca” “Funk Brasileiro” e “Funk Brasil, publicou um vídeo muito interessante a respeito do Funk.
Marlboro afirmou que o Funk é divido em três décadas: anos 80, anos 90 e de 2000 em diante, e que uma década deve estar sempre ligada à outra para fortalecer o Funk, que é tão discriminado. O DJ tem observado que o Funk está dividido e tem gerado comparações desnecessárias, no sentido de um achar que as músicas da sua época são melhores que das outras décadas passadas e vice versa.
DJ Marlboro reforçou a importância dos discos de vinil tão usados pelos DJs das décadas passadas e relembrou desse período tão marcante na história do Funk, de como tudo aconteceu aqui no Brasil: “Naquela época, os nossos pais e avós falavam mal dos Funks internacionais, pois diziam que ninguém entendia nada. Era um preconceito absurdo! A gente era muito perseguido, muito discriminado quando tocava esse som. Depois que o Funk internacional veio para o nacional, abriu porta pra muita gente, gerou emprego pra muita gente. O funk teve reconhecimento internacional, virou uma coisa inédita. Tem muitos MCs e artistas que mudaram de vida por conta disso, salvou a vida de muita gente… a década de 90 foi uma ascensão, foi a nacionalização do Funk, o reconhecimento internacional, proporcionou tudo o que está acontecendo hoje com o Funk no mundo inteiro, foi graças a essa década de 90, tem que ser respeitado”. Afirmou Marlboro.
Avesso à pornografia e músicas com palavrões no Funk, DJ Marlboro defende a interação das décadas passadas, onde dificilmente ouvia-se coisas do tipo, com a década atual, onde a grande maioria das músicas de Funk tem pornografias e palavrões: “Os Funks novos tem pornografia, palavrões e etc… se você abandona, ele continua fazendo aquela coisa errada, se você chama eles pra mostrar aquele outro funk, da década de 90, que tinham umas letras maravilhosas, tinham Andinho, Claudinho e Buchecha, uma galera que fazia um funk muito legal, você vai começar a mostrar pra eles um caminho muito melhor, vão ganhar mais dinheiro, ficar mais famosos, porque o palavrão e a pornografia limita muito o artista, deixa de agradar idosos e crianças. Se você fizer uma música que agrade todo mundo, para todas as classes sociais, para todas as faixas etárias, você começa a aumentar seu leque de alcance das músicas. A gente tem que mostrar isso pra essa nova geração. Não adianta só condenar e rejeitar. O funk é um só!” Explicou Marlboro.
O Rei do Pancadão afirma que a década de 90 é mais tolerante justamente por ficar no meio da década de 80 e da década atual. E ainda diz que sua Live Show tem duração de uma hora e que nesse tempo, o DJ divide as três décadas para todos conhecerem o Funk na sua totalidade. E dá um conselho muito importante para os amantes do ritmo Funk: “A gente não pode se dividir! A gente vai ser muito mais forte se estivermos juntos!”. Finalizou Marlboro.