O apresentador Sikêra Júnior, do Programa “Alerta Geral“, na Rede TV, concedeu uma entrevista pra lá de polêmica nesta sexta-feira (10) para o colunista Léo Dias, ao site UOL.
Nascido em Pernambuco, Sikêra Júnior se tornou um dos apresentadores com maior repercussão na TV e na internet dos últimos tempos. Em 2016 era apenas um apresentador de programa policial, mas um vídeo de Sikêra jogando “praga” e falando mal de usuários de maconha viralizou. Logo depois Sikêra sofreu um infarto e se recuperou, voltou ao Programa Plantão Alagoas, de uma emissora filiada ao SBT de Maceió, saindo de dentro de um caixão e fazendo piada sobre a tal “praga”. Desde então, sua popularidade tem aumentado a cada dia e o apresentador vem ganhando milhões de seguidores em suas redes sociais.
Sikêra Júnior teve uma infância difícil, enfrentou muitas dificuldades financeiras e mesmo assim conseguiu conquistar posição social através de seu trabalho: “Outra coisa que tenho comigo: ninguém toma o que é de ninguém. O que é seu vai ser seu. “Mas, Sikêra, é muito fácil hoje para você, que está com uma vida tranquila”. É, mas ninguém viu os 33 anos que passei para chegar até aqui. Vim ter o meu primeiro carro quitado, no meu nome, com 45 anos de idade. Nunca tive esse lance da inveja, não. Acho assim: vou ter também, vou chegar lá, sabe? Vou ter esse carro, vou comprar a minha aeronave. Estou comprando a minha primeira aeronave, está quase fechado. São sonhos, enquanto não morrer, enquanto estiver com vida e saúde [vou sonhar]”. Enfatiza Sikêra.
“Ele acredita que suas falas no programa sirvam de conselho para os jovens da atualidade: “Quero passar exemplo sim, de que por menos estudo que você tenha, por menos condições que você tenha de moradia, ausência dos pais, enfim, qualquer coisa nesse sentido, isso não é desculpa para você não ir buscar o melhor para a sua vida. Ora, a maior prova sou eu. É possível! E quando tiro onda com maconheiro, com aquelas brincadeiras, é para justamente dizer: “Sai dessa!”. Estou zoando com a sua cara para ver se você para, entendeu? Vai estudar, poxa! Vai trabalhar!”. Diz Sikêra.
Questionado por Léo Dias, Sikêra fala por que recusou a proposta de trabalho que recebeu da Record TV em SP. Ele alegou que não tem interesse em morar em Alphaville, bairro de classe média alta em São Paulo, e que apesar da proposta ser muito boa financeiramente, não aceitou por saber que esse dinheiro era vindo da igreja: “Meu Deus, o dinheiro que vem de Jesus Cristo, que eles pedem para Jesus! Não quero, não vou entrar nessa, dinheiro da igreja, abençoado”. Revelou Sikêra.
O apresentador se diz extremamente satisfeito em trabalhar na Rede TV, por ter liberdade para apresentar seu programa, que tem batido recordes de audiência. E rebate com veemência as críticas que recebe sobre homofobia, misoginia e racismo: “O que não gosto, e é um direito meu, o que não aceito são os títulos LGBTKY não sei o que. Ah, não pode mais cantar “maria sapatão”, não pode mais cantar “morena do cabelo duro”. Agora, mexem com o meu senhor Jesus Cristo no Carnaval, Parada Gay pega o crucifixo e enfia no rabo, como é que esse povo quer respeito? Você imagina se, depois de tudo o que eles fizessem, eu rasgasse uma bandeira LGBT? Vixe Maria, eu era banido do Brasil. Mas hoje tenho o direito de opinar e de discordar. Estou acordando as pessoas, porque não precisa ninguém entrar no mesmo restaurante que eu e botar uma bandeira LGBT. Não vai mudar nada em minha vida, o garçom não vai dar desconto a você porque é gay”. Defende -se Sikêra Júnior.